Chá das Velhas – cerâmica raku – António Diogo Rosa
No âmbito da exposição Sítios do Barro II, iremos leiloar uma peça de cerâmica de autor. O valor de reserva da peça é de €100. O valor irá reverter para as actividades de encerramento da exposição.
A licitação é feita por “carta fechada”: os interessados devem preencher o formulário em baixo com a proposta de licitação.
A licitação mais alta até dia 1 de Outubro receberá a peça. Enviaremos então um mail para informar sobre a aquisição da peça e combinar a sua entrega.
A ceramista apresenta nesta exposição dois momentos do seu processo criativo: uma instalação de elementos em origami de folha cerâmica e peças realizadas em suenga.
A modelação por rolo é uma técnica largamente difundida na modelação cerâmica pela versatilidade formal que permite. Porém o rolo é, na maioria dos casos, esmagado e alisado, não sendo visível na peça final. O trabalho que tenho vindo a desenvolver apresenta o rolo enquanto protagonista, assumindo-o não tanto pelas formas que pode inspirar mas pelas infinitas possibilidades plásticas que oferece.
Ao escolher a figura humana como objecto de trabalho mas sem recorrer aos cânones clássicos, a escultora dá a possibilidade da identificação imediata do tema mas sem fechar ou obrigar a uma interpretação única, tendo o observador a liberdade de o fazer com base mas sua experiência.
Nas suas obras de cerâmica contemporânea, o artista interessa-se fundamentalmente pela forma, textura, cor e os diferentes usos da pasta cerâmica, sendo o resultado peças de figuração híbrida, antropomórfica e animalista.
Estes azulejos são pretexto para as variadas maneiras de ver e representar a realidade. Vivemos num mundo ameaçado pela ganância. Privilegiamos a competição em vez da cooperação. Podemos a qualquer momento perecer num cataclismo natural ou em calamidade criada pelas nossas mãos. Vivemos com medo e com as fronteiras fechadas. Esquecemos a hospitalidade e a solidariedade. Talvez uma coisa inútil como a Arte possa melhorar a maneira de perceber o mundo em que vivemos e o ambiente que nos rodeia. Talvez a Arte possa mesmo como um placebo, curar os males antes que se agigantem. Talvez a Arte como um pensamento mágico possa ser a superação do sofrimento que a existência implica.