João Sotero

Sítios da Água

Guardião. Por analogia, assim como os poderes da terra têm que ser defendidos, toda riqueza ou potestade mítica, religiosa ou espiritual, tem que ser protegida contra os poderes contrários ou frente à possível intromissão do que não é digno de penetrar em seu domínio. Assim, as lendas falam do “guardião do tesouro”, quase sempre um grifo ou dragão, ou um guerreiro dotado de poderes extraordinários. Nos templos, já a organização do espaço implica a ideia de defesa, que os muros, portas e torres ratificam. No Extremo Oriente os guardiães costumam ser figuras de monstros fabulosos. No Ocidente, as imagens dos portais costumam ter função similar. Psicologicamente, os guardiães simbolizam as forças que se concentram nos umbrais de transição entre diferentes estádios de evolução e progresso, ou regressão espiritual. O “guardião do umbral” tem que ser vencido para que se possa penetrar como senhor num recinto superior. ( in Dicionário dos Símbolos, Cirlot, 2005) 

.Significado Místico

Inicialmente a figura do dragão esteve associada às divindades, às águas fertilizantes da serpente e o divino “sopro da vida” do pássaro. Somente mais tarde o dragão adquiriu aspectos malignos, tornando-se, portanto, um símbolo ambivalente: o criativo e o destruidor. ( in Dicionário dos Símbolos).

Intenção Artística

Este “ Guardião “ através de uma forma lúdica pretende Despertar as Consciências para o “ divino” equilíbrio entre os elementos da Natureza neste caso o Rio a Água, na qual estamos inseridos, que se pode tornar precário senão formos Todos Cuidadores e responsáveis.


Sítios da Pedra

As esculturas “Trans/Formas“ aqui apresentadas são o resultado de uma série em que o corpo humano, tema central do seu trabalho anterior, é apresentado de uma forma abstracta onde se combinam elementos conceptuais, sensoriais e psicológicos. Os corpos ora se erguem em equilíbrios instáveis, ora tombam em harmonia e apaziguamento. A nova série “ Transparência “, ainda experimental, é o começo de uma nova aventura…

Em 1967 e 1968 participa em concursos nacionais de Pintura sendo-lhe atribuído uma menção honrosa e um 1.º prémio. A partir de 1982 dedica-se à Escultura. Trabalha no Atelier do Moinho de 1982 a 1988, Figueira da Foz. Trabalha no Departamento de Escultura em Pedra da Faculdade de Évora de 1989 a 1999. Possui atelier próprio em Évora de 2000 a 2008 e em Arraiolos a partir de 2009. Desde 1995  tem  realizado vários trabalhos cenográficos  para Teatro.  Projecto, espaço LoboMau, em Arraiolos 2009-2010. Fez 30  exposições individuais e 80 exposições coletivas. Executou 17 cenografias. Montagem Cenográfica de Exposições. Participou em 3 Workshops e em 6 Simpósios e 8 Bienais. Tem 13 Esculturas Públicas em Portugal, 1 França e 3 Alemanha. Está representado no Museu Dr. Santos Rocha, Figueira da Foz , Museu Marítimo de Ílhavo e em Coleções Particulares.


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